Sniper Americano é o filme mais bem sucedido das bilheterias neste ano. Até agora, já arrecadou mais de 400 milhões de dólares em todas as salas de cinema ao redor do mundo. Isso porque, sem dúvida, narra uma história muito interessante.
O filme conta a vida do atirador de elite das forças especiais da marinha americana, Chris Kyle, sobrevivente a 4 missões no Iraque e responsável por mais de 160 tiros fatais.
Nascido no Texas em 1974, Christopher Scott Kyle era o mais velho de dois irmãos. O seu primeiro contato com “armas” aconteceu quando Chris tinha apenas oito anos (seu pai lhe comprou um rifle e depois uma espingarda, com as quais eles caçavam animais). Ao ficar mais velho, começou a trabalhar como cavaleiro em um rodeio, mas logo parou por machucar um braço.
Sua história militar começou depois que o machucado do braço sarou e ele se inscreveu num recrutamento militar da Marinha Americana, mas foi recusado por causa dos pinos do seu braço. Tempo depois, ele conheceu um recrutador, do Exército Americano, que o contou sobre operações especiais.
Ele foi designado SEAL no comando de Comando de Guerra Especial Naval, com quatro turnos de serviço. A sua primeira morte foi um tiro de longo alcance em uma mulher, quando ela se aproximou de um grupo de fuzileiros navais com uma granada na mão. Essa foi apenas o primeiro de centenas de tiros que ele dispararia.
Por causa do seu talento para atirar, insurgentes o nomearam “Shaitan Ar-Ramadi”, que significa o Diabo de Ramadi, e prometeram uma recompensa de 21 mil dólares (depois o valor aumentou para 80 mil dólares) para quem conseguisse matá-lo.
Quem assistir ao filme Sniper Americano não vai ver a história de um atirador “frio e truculento”. Quando Chris retorna para os EUA com o objetivo de ficar com a sua esposa Taya e os seus filhos pequenos, começa a se sentir desconfortável e só pensa em voltar à ação. Depois de cumprir 4 missões no Iraque (e quase ser morto na última), foi desmobilizado honrosamente. Mesmo sofrendo para se adaptar à sua vida comum, estava começando a ficar feliz com a família.
Uma da suas tarefas como “novo civil” era ajudar os veteranos de guerra. Porém essa função teve um final trágico. Com apenas 38 anos, Kyle acabou sendo assassinado pelo veterano Eddie Ray Routh (que sofria de stresse pós-traumático) em um campo de tiro em fevereiro de 2013.
Os advogados de Eddie (de 27 anos) falaram que ele sofria de insanidade causada por problemas mentais decorrentes dos anos de serviço militar no Iraque e Haiti. Mesmo assim ele foi considerado culpado por 12 jurados que falaram que o ex-fuzileiro tinha sim plena consciência dos seus ator e que premeditou uma emboscada contra a vítima.
Esse ato fez com que Routh recebesse uma sentença de prisão perpétua, sem liberdade condicional.